sábado, 20 de junho de 2009




Minha técnica principal é o Pontilhismo
Pontilhismo

Um princípio físico
aplicado à pintura

As bases do pontilhismo encontram-se tanto nas idéias de vários físicos do fim do Século 19, entre os quais Hermann von Helmholtz, como na psicologia e na fisiologia da visão, na análise da luz e da cor, e na influência da própria pintura impressionista.

HELMHOLTZ (Hermann VON), físico e fisiologista alemão (Potsdam, 1821 – Charlottenburg, 1894). Descobriu o papel dos sons harmônicos no timbre dos sons, e mediu a velocidade do influxo nervoso.

O pontilhismo foi um movimento pictórico pós-impressionista surgido na França em meados da década de 1880, como reação aos próprios impressionistas e à pintura oficial.

Sua característica central é a decomposição tonal mediante minúsculas pinceladas nitidamente separadas, mesmo a olho desarmado.

Mais realistas
do que o rei

Trata-se de uma conseqüência extrema dos ensinamentos dos impressionistas, segundo os quais as cores deviam ser justapostas e não entremescladas, deixando à retina a tarefa de reconstituir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas.

Também conhecido como punctilhismo, divisionismo, cromoluminarismo e neo-impressionismo, o pontilhismo teve como teóricos principais Georges Seurat e Paul Signac.

Signac chegou a escrever um tratado com o título «De Eugène Delacroix ao neo-impressionismo» (1899). Outro representante do pontilhismo foi o italiano Giovanni Segantini.

SEGANTINI (Giovanni), pintor italiano (Arco, 1858 - Schafberg, alta Engadine, 1899). Executou, à maneira divisionista, paisagens de montanhas.

Uma relação
complicada

Para os pontilhistas, entre as cores complementares deveria existir sempre uma relação exata, de modo que, a um tom de vermelho, correspondesse outro de verde, e existisse entre ambos uma seção infinitesimal de suporte.

Nesse aspecto, afastavam-se dos impressionistas, que deliberadamente desleixavam tal relação fixa.

A justaposição das cores complementares, segundo um esquema matemático, emprestou ao pontilhismo um aspecto inconfundível, que os inimigos da tendência logo alcunharam de «pintura de confete».

O mestre do
pontilhismo

Seurat foi o mais notável dos pintores pontilhistas. Suas telas Um domingo de verão na Grande Jatte, (1884-1886; Instituto de Arte de Chicago), O desfile do circo (1887) e a inacabada obra-prima O circo (1890-1891) são admitidas unanimemente como os pontos culminantes do movimento.

O pontilhismo revelou-se particularmente apto a reproduzir uma atmosfera vibrante, de luz e calor. Foi também, de certo modo, uma das tendências que melhor anunciaram a abstração de cor e forma a que chegaria, anos depois, a pintura ocidental.

Signac produziu muitos escritos teóricos e pintou paisagens, marinhas, cenas de Paris e de outras cidades francesas por onde viajou.

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